quinta-feira, 9 de outubro de 2008

REALIDADE PENSANTE - ANEXO AO ATO IV - Serva de Deus Antonieta Meo


Nunca ouviu falar? E de “Nennolina”, seu apelido em família? Também não? Mas não importa se já ouviu falar ou não. Por favor, leia com atenção estas poucas frases abaixo:



Querido Jesus, Tu que sofreste tanto na cruz: quero fazer muitos oferecimentos e permanecer sempre no calvário perto, perto de ti e de tua mãe (28 de janeiro de 1937).


Querido Jesus – escreve em outra ocasião –, eu te amo muito, quero me abandonar em tuas mãos. (...) Quero me abandonar em teus braços, e faze de mim o que tu quiseres; tu, ajuda-me com a tua graça, ajuda-me, que sem tua graça não posso fazer nada.


Querida Virgem, és tão boa, colhe meu coração e leva-o a Jesus. Ó Virgem, tu és a mesma de nosso coração (18 de setembro de 1936).


Quero receber Jesus das tuas mãos para ser mais digna.


Estou contente porque hoje é tua festa, querida Virgem! (...) Na tua próxima festa e a de Jesus, farei pequenos sacrifícios, e diz a Jesus que me faça morrer e antes que cometa um pecado mortal! (8 de dezembro de 1936, Solenidade da Imaculada Conceição).


Querido Jesus, Tu que sofreste tanto na cruz: quero fazer muitos oferecimentos e permanecer sempre no calvário perto, perto de ti e de tua mãe» (28 de janeiro de 1937)


Quase cem frases como estas constituem um “diário” e precioso legado de uma menina italiana, de Roma, que morreu vítima de um câncer maligno nos ossos e com grandes dores! Um dia, brincando, caiu e machucou o joelho. Mas a ferida não fechava e os médicos diagnosticaram o câncer. Tiveram de amputar-lhe a perna, e a menina passou a usar uma pesada e desajeitada prótese. Continuava alegre e viva. Começou a depositar pequenos bilhetes aos pés do Crucifixo em sua casa. No começo, eram ditados a sua Mãe, depois, escritos em sua letrinha de criança recém alfabetizada. Nasceu em 15 de dezembro de 1930, e morreu num sábado, 3 de julho de 1937, com sete anos incompletos.
Seu testemunho de fé viva e alegre, de superação da dor e do sofrimento na fé e no amor, sua viva esperança tocou os corações de familiares, amigos, pessoal médico. Logo após a sua morte, surgiu um movimento espontâneo de veneração, e as graças alcançadas fizeram que fosse iniciado o processo de beatificação. Em 17 de dezembro passado, Bento XVI autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os decretos que reconhecem as virtudes heróicas de oito servos de Deus que poderão chegar à honra dos altares, entre os quais se encontra a pequena Antonia. Se chegarmos à beatificação, teremos a bem-aventurada (beata), não mártir) mais jovem da Igreja! Mais jovem que Jacinta, a pequenina vidente de Fátima!
Em Roma existe a «Associação Nennolina» (http://www.nennolina.it) que, além de apoiar materialmente o processo canônico de beatificação, promove estudos e investigações sobre a vida e o pensamento da menina. O corpo de Antonietta descansa em uma pequena capela adjacente à que conserva as relíquias da paixão de Jesus, dentro da basílica da Santa Cruz em Jerusalém, na qual foi batizada e que se encontra no bairro de Roma onde passou sua breve vida.

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